Vereador Paulo Juventude pede apoio ao IPHAN para realização de ações que favoreçam a preservação dos patrimônios históricos
Na última sexta-feira, 16, o Vereador Paulo Juventude esteve na sede da superintendência estadual do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional), em São Paulo, para uma reunião com Danilo Nunes, responsável pelo órgão no Estado.
As superintendências são as que coordenam, planejam e executam as ações do Instituto, em âmbito estadual, facilitando a comunicação com os municípios.
O Vereador Paulo Juventude comenta que a reunião contou com a presença também da arquiteta e urbanista do IPHAN, Raquel Nery, e de Ricardo Reis, Coordenador Administrativo do IPHAN-SP, e teve como uma das principais pautas os patrimônios históricos de São Roque e as possíveis ações que contribuam para a preservação desses espaços, pensando na história e memória da cidade. Pois além do Sítio, São Roque conta com a Brasital (em processo de tombamento pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico) e a Casa Grande e Senzala do Carmo, que ainda não é tombada por nenhuma instituição e se encontram em grande grau de precariedade. “Foi a partir dessa conversa que elaboramos um documento apresentado para integrar o orçamento participativo do meu mandato. O projeto consiste em uma proposta de intervenções arqueológicas na região do Sítio Santo Antônio, a fim de que seja feito um levantamento das informações arqueológicas, históricas e etnohistóricas sobre a região. A execução do projeto proporcionará também serviços de educação patrimonial no município”, diz.
IPHAN:
Paulo Juventude destaca que o Instituto foi criado em 1937 e desde então é o responsável pela gestão e proteção do Patrimônio Cultural Brasileiro de importância nacional, seja ele material ou imaterial. “São Roque é um dos municípios do interior que apresenta um patrimônio tombado pelo Instituto: O Sítio Santo Antônio abarca a Casa Grande e a Capela, ambas construções do século XVII feitas para abrigar a família de Fernão Paes de Barros, filho de Pedro Vaz de Barros, conhecido por ser o fundador da Vila de São Roque no período de expansão bandeirante. O complexo, portanto, é conhecido como “casas bandeiristas”, configurando-se como um dos poucos resquícios da arquitetura colonial”, afirma.
O Parlamentar ressalta que a arqueologia é uma ciência que parte da cultura material (fósseis, artefatos, monumentos, utensílios etc.) para a realização de estudos sobre as sociedades humanas, no passado e no presente. Através da escavação e da coleta é possível identificar costumes e culturas, assim como modos de viver e produzir, principalmente de povos que não deixaram registros escritos. “Sabemos pouco sobre a história do Sítio ao longo desses três séculos, especialmente daqueles que foram escravizados nesse espaço, como é o caso de povos indígenas e pessoas negras. Esse estudo inicial é de fato o começo para o resgate desse passado”, comenta.