Vereador Paulo Juventude busca reabertura da cooperativa de reciclagem de São Roque

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Na semana passada, o Vereador Paulo Juventude esteve na COOPERSOL, cooperativa de reciclagem de São Roque, que foi interditada recentemente após mais de 16 anos de atuação no município, quase sem apoio do poder público. Estiveram presentes também integrantes do Mandato, Isabella Lovisolo e Pedro Cuba, e o porta-voz da REDE Sustentabilidade São Roque, Luan Townsend.

O Vereador afirma que quando chegou ao local, a presidente da cooperativa, Patrícia, relatou e mostrou as condições de trabalho dos 15 cooperados. Além do grande acúmulo de lixo na parte externa, o qual em sua maioria não vem separado dos resíduos orgânicos, resultando em um aumento do trabalho dessas pessoas, os trabalhadores estavam há quatro anos reciclando sem ajuda de uma esteira. A falta desse instrumento de trabalho duplicava o tempo gasto em cada processo. Há cerca de sete meses, representantes da Prefeitura de São Roque levaram o motor da esteira para uma suposta manutenção, mas ele nunca voltou. A esteira ajudava no transporte e na separação dos materiais, ambas atividades passaram a ser feitas manualmente. “As condições de trabalho, além de precárias, eram insalubres e contra as medidas sanitárias de segurança, isso porque os trabalhadores não estavam recebendo mais nem mesmo os equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas para conseguirem manusear o lixo. Precisavam, então, recolher alguma jogada no lixo, lavá-la e utilizá-la”, diz.

Com a interdição, pelo menos 15 famílias ficaram desempregadas. Preocupado com a situação dessas pessoas que dependem da cooperativa aberta e funcionando, Paulo Juventude busca apoio do Poder Público Municipal para a reabertura do espaço. Além de estarem sem uma renda, foram multados pela vigilância sanitária, somando um valor de mais de R$ 10 mil, o qual obviamente não apresentam condições para pagar. “A Prefeitura é responsável, sim. Primeiro porque ela foi colocada em um processo judicial em que o réu era a Cooperativa, mas foi adicionada pela Cooperativa como uma corresponsável do assunto, já o decreto que faz cessão do espaço coloca dessa forma. E segundo porque em diversos momentos a Prefeitura se responsabilizou pelo espaço, fazendo vistorias no lugar nesses últimos dois anos, que é o que eu posso afirmar aqui. Se responsabilizando, por exemplo, pelo motor da esteira, que foi retirado e levado para algum lugar da Prefeitura para ser arrumado. Segundo os cooperados, foram efetuar reformas no local, como pintura e outras reformas estruturais, e os funcionários da Prefeitura disseram para eles não fazer, porque eles [equipe da Prefeitura] fariam. Não tinha como não interditar a Cooperativa, concordo com vocês, mas a gente precisa fazer uma gestão mais próxima, que inclua a Cooperativa. Vamos reestruturá-la, vamos colocar qualificação para esses cooperados, vamos criar outra cooperativa para assumir os resíduos do município. Eu me disponho a buscar recursos no Ministério do Meio Ambiente para reformar o espaço. Mas a gente precisa ter uma Cooperativa funcionando”, disse em sua fala na tribuna durante a Sessão do dia 08 de maio.

Paulo Juventude explica que é preciso ação por parte do Poder Executivo, uma vez que os trabalhos de reciclagem são fundamentais para um desenvolvimento mais sustentável e social. O Vereador se dispôs em conseguir recursos através do Ministério do Meio Ambiente para que ela continue funcionando e explicou a importância da continuidade de seus trabalhos. “É fundamental termos a COOPERSOL como parceira do município, pois sabemos das questões ambientais e da importância de se reciclar o lixo. Mais do que a necessidade de São Roque optar por um desenvolvimento sustentável e valorizar o trabalho dos cooperados, é importante levar em consideração a reivindicação dessas pessoas. Elas não querem ser empregadas em outros locais, mas lutar pela reabertura e o pleno funcionamento do espaço. A Cooperativa de reciclagem, sem dúvida, é a melhor saída para a gestão dos resíduos reciclados do município, isso por questões muito claras: é uma pessoa jurídica, mas ela não tem a finalidade lucrativa que qualquer outra empresa que possa fazer essa gestão tem. Na verdade, a Cooperativa é uma empresa em que não há funcionários e sim associados, cooperados, que dividem o lucro e a gestão da empresa de forma democrática. É evidente que uma proposta tão ousada tem grandes dificuldades de gestões. Em São Roque não é diferente. Em todos esses anos, a municipalidade falhou em fiscalizar a Cooperativa de reciclagem e como era feita a gestão desses resíduos”, comentou em sua fala na tribuna durante a Sessão do dia 08 de maio.

Requerimento:

O Vereador Paulo Juventude é autor do Requerimento nº 047/2023, votado na Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada na segunda-feira, dia 08, que solicita diversas informações oficiais junto a Prefeitura de São Roque, entre as quais, qual é o acordo legal que existe entre o Poder Executivo e a COOPERSOL. Agora, o Parlamentar aguarda pelas respostas.

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