Vereador Cabo Jean afirma que Prefeitura não planejou retorno das aulas para 2021

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Na semana passada, a Prefeitura de São Roque informou que as aulas nas escolas municipais serão retomadas no próximo dia 18 de outubro com a presença de todos os alunos e profissionais da educação. Cabo Jean recebeu a notícia com espanto, pois ele afirma que não houve sequer planejamento e nem organização para o retorno.

Cabo Jean explica que em 10 de janeiro o Chefe do Executivo fez uma live na EMEF Tetsu Chinone, no Paisagem Colonial, e ressaltou que iria reformar a unidade escolar, o que não aconteceu até o momento. Além disso, fez questão de mencionar que a educação é prioridade no seu Governo. “Já em 26 de fevereiro, em outra live, o Prefeito que considero puro marketing político e aparição, disse que estava iniciando um plano de reforma para que todas as escolas recebessem pintura. Na última segunda-feira, dia 20 de setembro, passados 262 dias dessa gestão, nenhum prédio escolar foi submetido a qualquer melhoramento. Por isso, reafirmo que nesses nove meses não houve qualquer planejamento, até porque nunca foi interesse dele que as aulas voltassem em 2021”, fala.

O Vereador Cabo Jean lamentou a atitude desesperada do Prefeito. “Sabemos que quem sofre com essa falta de comando é a comunidade escolar. De forma repentina, em 15 de setembro, emitiu-se uma circular (14/2021), às 10h, dentro da Educação, convocando os diretores das escolas para uma reunião às 11h30, sem as presenças do Diretor de Educação e da Chefe do Ensino Infantil que se encontra de férias. De maneira atropelada, faltando apenas doze dias para o retorno das aulas, porque até então definiu-se que seria em 27 de setembro, ficou acertado que as aulas voltariam com apenas 50% dos alunos na mencionada data. Para a minha surpresa, em nenhuma das 35 folhas da Circular, tem qualquer relato, informação ou detalhe sobre a variante Delta”, comenta. 

Indignado, Cabo Jean ressaltou que a partir da divulgação interna da retomada das aulas, aconteceram muitas críticas e questionamentos. “Como o Prefeito não sabe lidar com críticas, obviamente teve uma senhora dor de barriga, e desesperado, no dia 16 de setembro, convocou uma reunião em seu gabinete com a participação de vários servidores de diversos departamentos e determinou que eles realizassem visitas em todas as escolas. No final do mesmo dia, recebeu a notícia de que a maioria das escolas não possuem condições para o retorno das aulas, inclusive a Defesa Civil interditou mais uma escola, dessa vez a EMEF José Luiz Pinto, em Gabriel Piza. O desespero de um Governo perdido com a Educação é tão grande, que na última sexta-feira, dia 17 de setembro, emitiram um comunicado alegando que o retorno das aulas será em 18 de outubro com 100% dos alunos e que tal mudança ocorreu por precaução devido aos 15 casos da variante Delta no município, mas enfatizo que em 15 de setembro já existiam esses casos. Ou seja, o Diretor de Educação assina uma Circular, estabelece critérios para o retorno e dois dias depois já não tem mais condições? O que me causou estranheza também foi o fato de que se a variante Delta é considerada a mais transmissível até agora, como migram o retorno de 50% para 100% dos alunos?”, questiona.

Segundo levantamento feito pelo Parlamentar, serão apenas 36 dias de aula se não houver em nenhum desses dias alguma reunião. “Retornam dia 18 de outubro, a previsão de encerramento do ano letivo é para dia 17 de dezembro, dando um período de 59 dias. Mas temos feriados e pontos facultativos, dia 10 de dezembro paralisa as atividades escolares, e de 13 a 17 de dezembro fica para a atribuição dos docentes. Com R$10 milhões em caixa, alguém tem dúvidas que faltou planejamento e competência para o retorno das aulas em nossa cidade? Creio que estão literalmente parados no tempo e as nossas crianças é que ficaram desemparadas e sem aulas presenciais. Ao contrário de outros municípios, que já reiniciaram as aulas, por aqui a gestão não conseguiu sequer fazer as impressoras das escolas funcionarem”, finaliza.

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