Governo federal lança diretrizes para humanizar parto normal

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Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, neste último 8 de março, novas diretrizes do Ministério da Saúde permitem maior poder de decisão feminina sobre como será o nascimento de seu filho.

Em um país, onde as cesarianas representam 55% do total de partos, sendo que, no serviço privado o número sobe para 84,6% e no SUS representa 40%, o objetivo da nova política é reduzir o alto índice de intervenções desnecessárias como episiotomia, uso do hormônio ocitocina para acelerar o parto, uso do fórceps, lavagem intestinal antes do parto. Dessa maneira, os aspectos psicológicos e culturais da mulher são respeitados.

Haverá um plano de parto, de modo que a futura mãe terá conhecimento de cada passo ao longo da gestação desde sua consulta pré-natal até o parto, como, quando e onde será realizado e de acordo com sua vontade.

Serão levados em consideração:

– melhor posição para o parto;

– direito à anestesia;

-privacidade da gestante e da famíia;

-presença de doulas;

-dieta livre, fim do jejum obrigatório

– massagens, banhos quentes

– estímulo ao aleitamento materno desde o início

As medidas visam à garantia de um parto humanizado e ao incentivo do parto normal.

Outro ponto de destaque refere-se ao planejamento familiar, uma vez que grande parte das mulheres não planejam uma gestação e, apenas 33% usam métodos contraceptivos. Dessa forma, o acesso das mulheres ao Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU) será disponibilizado nas unidades básicas de saúde e será oferecido às mulheres após parto e após aborto.

As maternidades terão 180 dias para se adaptar às novas medidas.

Alexandre Pierroni é Veterinário há 20 anos em São Roque, Vereador e Secretário da Comissão Permanente de Saúde e Educação da Câmara Municipal.

 

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