Falhas mancham revisão do Plano Diretor, afirma Guto Issa
Uma série de erros cometidos mancha o processo de revisão do Plano Diretor de São Roque. A Prefeitura realizou, às 14h da última terça-feira, dia 28, Audiência Pública para apresentação do Plano Diretor. “A audiência ocorreu num espaço pequeno para a importância do evento, que não comportou a quantidade de pessoas, e também o horário foi limitante. O certo seria realizar a Audiência à noite e no plenário da Câmara Municipal”, afirma Guto.
Desde 2017, o Vereador Guto Issa está realizando um trabalho voltado à revisão do Plano Diretor do município de São Roque. Guto Issa presidiu uma Comissão de Assuntos Relevantes (CAR), instituída para discussão do tema, cuja proposta foi a de debater com membros da sociedade civil, Vereadores e demais interessados.
Guto Issa explica que ocorreram inúmeras reuniões, todas abertas à participação popular, onde falaram sobre zoneamento urbano, preservação de áreas verdes, tamanhos dos terrenos em cada região, preservação do patrimônio histórico, entre outros. “Os encontros resultaram num relatório com 28 propostas, encaminhadas para a Prefeitura em novembro de 2018, nunca respondidas”, alega.
Através do Ofício nº 183/2020, protocolado na Audiência Pública, o parlamentar está questionando a Administração Municipal sobre a não aceitação das modificações apontadas pela CAR e indaga quais foram os critérios de escolha, com dispensa de licitação, para a contratação da empresa Biossplena, responsável pela avaliação e estudo do Plano Diretor.“ Segundo divulgado nas redes sociais, na véspera da Audiência Pública, a Empresa responsável pela revisão do plano, chamada Biossplena, teria supostamente feito negócios recentes com uma empresa ligada ao Prefeito Claudio Góes. Foi contratada uma empresa que desconhece totalmente o município, fato assumido publicamente na audiência pela proprietária, Giovana”, informa.
Outro fator que preocupa Guto Issa é o aumento da Zona Rural do município proposto agora, reduzindo mais ainda a possibilidade de atração de novos negócios. “Também a ausência de previsão para a expansão da habitação de interesse popular é um grave erro. Todos esses fatos precisam ser esclarecidos, sob pena do município de São Roque perder a oportunidade de atrair mais negócios e renda. A condução mal feita pela Prefeitura, até agora, macula o processo de revisão”, finaliza Guto Issa.