Artigo: A SANTA CASA FOI A “CASA DA MÃE JOANA”
JOANA, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382) regulamentou os bordéis na cidade por um artigo estatutal que dizia: “et que siegs une porto… dou todas las gens entraron”, que pode ser traduzido como “Tenha uma porta por onde todos entrarão.”
Na Santa Casa de Misericórdia de São Roque, a porta foi escancarada.
Podiam entrar, dispor, mandar. Todos tinham vontade, domínio, liberdade.
Enquanto Secretário da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, acredito ser muito importante buscar, junto aos atuais responsáveis pela Santa Casa, todas as informações para colaborar com a elucidação dos fatos ocorridos na referida Instituição desde a decretação da Intervenção Municipal em 2014, para que sejam responsabilizados aqueles que transformaram uma instituição centenária na “Casa da Mãe Joana”.
Os representantes da FENAESC, empresa gestora do hospital até o início deste mês, foram notificados sobre o fim da Intervenção Municipal em seu escritório em Cajamar. E o último contrato firmado foi a confissão do crime, demonstrando com clareza todas as irregularidades realizadas.
Eu, os demais membros da Comissão Permanente de Saúde e os novos gestores da Irmandade estamos analisando tudo, tentando descobrir a real situação financeira e encontrar uma saída, pois a antiga intervenção aumentou muito as dívidas do hospital e a FENAESC acabou de afundar.
A coordenação da Santa Casa acertou os últimos documentos no Cartório para sua total regularização e iniciou um processo de reconstrução.
Autor: Vereador Alexandre Pierroni Veterinário