Vereador Julio Mariano comenta sobre as eleições e as atribuições de um vereador

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É notório que o sistema político brasileiro precisa de uma reforma urgente, começando pelas regras das eleições.

A escolha dos representantes do Poder Executivo para cargos como presidente da república, governador e prefeito, por exemplo, é feita pelo sistema majoritário baseado em uma conta simples, quem tiver mais votos ganha.

Já as eleições para os representantes do Poder Legislativo como, por exemplo, para deputado federal, estadual e distrital, assim como para vereador, são regidas pelo sistema proporcional, ou seja, uma forma de escolha que possibilita a eleição de um candidato com poucos votos, enquanto um nome bem votado pode ficar fora do parlamento. 

Como exemplo, um partido ou coligação com um candidato muito bem votado, chamado de ‘puxador’ de votos, pode eleger mais representantes mesmo que estes tenham recebido menos votos do que muitos outros. Um claro exemplo de funcionamento dessa chamada regra da proporcionalidade aconteceu no último pleito, onde candidatos do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolssonaro, elegeu quatro deputados estaduais, cada um com menos de 27 mil votos, e um deputado federal, cuja soma de votos foi inferior a 32 mil. 

O sistema proporcional vigente hoje no Brasil é alvo de diversas críticas, também integra uma grande variedade de propostas de reformas eleitorais e políticas que objetivam mudar esta realidade, e o vereador Julio Mariano torce para que as mudanças sejam implantadas o quanto antes, uma vez que ele mesmo já foi vitimado por essa regra, não se reelegendo em 2012, ainda que tenha recebido 809 votos, ou seja, mais do que outros oito vereadores eleitos e empossados na oportunidade.

Julio Mariano também comenta sobre a nova realidade do vereador, tendo que se desdobrar para administrar as redes sociais e atender os anseios da população, tendo que conviver com visões cada vez mais distorcidas de suas atribuições, e solicitações populares cada vez mais inusitadas e surpreendentes. Recentemente, um munícipe são-roquense pediu-lhe ajuda para retirada de uma galinha morta integrante de um ‘despacho de macumba’ próximo à Rua Rotary Club, no Jardim Flórida.

Embora já acostumado com os mais diversos pedidos que apareçam no dia a dia de um parlamentar municipal, o vereador fica aborrecido quando, com orgulho, vai as Redes Sociais informar que conseguiu uma emenda parlamentar para ajudar o Município, ou que conseguiu atender uma demanda importante para a população, e a resposta que ouve é que “Não faz mais que a obrigação e ganha bem para isso”.

“Nestas últimas eleições, tanto nos Estados Unidos como aqui no Brasil, ficou claro que as Redes Sociais possuem papel fundamental na decisão de uma eleição e, sendo assim, estou procurando utilizá-las da melhor forma. De outro lado, acredito que o vereador não pode mais atuar com base apenas nas suas atribuições oficiais, porque se quisermos representar o povo e toda a diversidade dele, além das atribuições oficiais temos que exercer as mais diversas profissões”, fiinaliza Julio Mariano do PSB, vereador de São Roque.

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