Vereador Rafael Tanzi cobra da Prefeitura soluções para Santa Casa
Preocupado com a situação financeira da Santa Casa, hoje sob o comando de seus proprietários, a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Roque, o vereador faz um desabafo sobre o que espera que aconteça para que problemas de falta de atendimento e vidas perdidas deixem de ser constantes na rotina da população são-roquense e cobra da Prefeitura empenho para resolvê-los.
Há um ano, a atual Administração Pública Municipal cancelou o contrato com a FENAESC, que à época administrava o hospital e havia promovido reformas no prédio e na gestão do hospital com a promessa de revolucionar o atendimento de saúde no município, promessa que não se cumpriu.
“Durante este ano, tivemos falta de médicos, pacientes que não conseguiram realizar seus exames, falta de medicamentos, procedimentos cirúrgicos negados, notícias negativas sobre o hospital em todos os lugares, reclamações por falta de atendimentos médicos e até mesmo mortes injustificadas”, comenta o vereador.
Em 2017, a Câmara dos Vereadores devolveu aos cofres da Prefeitura um total de R$2,4 milhões destinados à Santa Casa, porém, o vereador comenta “tenho a impressão de que nenhum valor é suficiente para custear o hospital e que é como se fosse um saco sem fundos, onde nenhum dinheiro dará conta de resolver a crise financeira da instituição”. Ao mesmo tempo, ele sabe da necessidade da população e do empenho da Prefeitura em tentar manter o hospital funcionando porque a população não tem outra opção de saúde e atendimento de emergência gratuitos a não ser este.
Entretanto, o parlamentar acredita que há na Santa Casa um potencial para captação de recursos externos através de atendimentos particulares e conveniados, e que é preciso uma definição da Administração Pública no sentido de assumir de vez a administração do hospital ou terceirizá-lo novamente para uma Organização de Saúde (OS) séria capaz de geri-lo com o compromisso de atender a população com dignidade e administrar suas mazelas com honestidade.
“O que não podemos é viver no impasse, sem saber se o hospital vai funcionar ou não amanhã e, pior que isso, quantas pessoas mais vão ter que morrer por falta de um atendimento digno no único hospital que atende gratuitamente a população são-roquense há mais de um século”, desabafa Rafael Tanzi.